quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A expansão comercial


Naquela época a Europa vivia um séria crise econômica, devido as pragas, doenças e etc. Uma solução para isso foi o expansionismo martítimo-comercial. Dentre as nações que se destacaram nas grandes navegações foi Portugal, devido a centralização política, orientação de mercados, a orientação de território, a tradição do país no mar e uma escola de marinheiros.

 As conquistas de Portugal começaram por Ceuta em 1415, e se expandiram pela África e América. Lucrando através de mercadorias como pedras preciosas, madeiras, ouro, canaviais e outras especiarias.

   Os portugueses iam até as Índias para obter especiarias como noz-moscada, gengibre e canela. Pois na Europa não havia esse tipo de produto que servia para conservar carnes principalmente.

   Devido a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453, as principais rotas para o oriente como pelo mar vermelho foram bloqueadas para Portugal, daí tentou-se achar outro caminho contornando a África. Nisso a Espanha descobriu a América através de Cristóvão Colombo.

   O novo caminho de ir ao oriente descoberto por Portugal iria se consolidar através da expedição de Pedro Álvares Cabral, porém Vasco da Gama (que estava abordo da expedição) em seu diário de bordo disse que tinha certeza que havia terras à oeste. Isso deixa claro que Portugal não só estava interessado no comércio de especiarias, mas também na descoberta de novas terras para exploração.

   Em 1500, O rei português, Dom Manoel organizou uma das maiores expedições no mundo vista até então. A esquadra partiu de Portugal no dia 09 de março de 1500 afastando da costa da África em direção à oeste. No dia 22 de Abril, avistaram um monte em que chamaram Monte Pascoal, confirmando a existência de terras à oeste. Porém a primeira vista que tiveram foi de tribos de nativos que não tinham nada a oferecer, Pero Vaz de Caminha redigiu uma longa carta ao rei sobre tudo que fora visto. Em fim, a terra não passava de um “monte de mato e selvagens”, por isso Portugal passou três décadas sem interesse pela dita cuja.

Vamos falar de ANTROPOCENTRISMO




Antropocentrismo - a ideia, surgida na Europa do fim da Idade Média, que considera o Homem o centro do cosmos. O antropocentrismo sugere que o homem deve ser o centro das ações, da expressão cultural, histórica e filosófica.

Este momento na história europeia marca a separação entre Teologia e Filosofia, resultado do surgimento do humanismo renascentista, que eleva o antropocentrismo a ideia central. É a chegada de uma nova era, um tempo que valoriza a razão, o homem, a matéria, onde ter prazer em viver não é mais visto universalmente como pecado. Em suma, é uma ruptura com o período anterior.

Há ainda um conjunto de fatores a serem considerados, como a decadência da poderosa estrutura da igreja católica e a ascensão dos estados nacionais no âmbito político, econômico e cultural, com o apoio da nobreza e da burguesia.

O surgimento do antropocentrismo causa ao mesmo tempo o declínio do escolasticismo, pois os novos intelectuais demonstravam interesse primordial pela literatura secular (humanae litterae, daí o nome de "humanistas"). As preocupações dos filósofos humanistas, desenvolvidas nos séculos posteriores, giram em torno de três grandes temas: o homem, a sociedade e a natureza. Estes novos filósofos eram questionadores, críticos, que não hesitavam em externar seu pensamento, preocupados em problematizar a realidade. É, enfim, um ser racional, que valoriza questões ligadas à matéria, o retrato do homem renascentista, que acredita que tudo pode ser explicado por meio da razão e da ciência.

A mudança de mentalidade será importante ainda no estímulo à pesquisa científica, fazendo com que as ciências, a arte e a literatura passem por evoluções constantes. Importante notar que, mesmo nos tempos atuais, onde os preceitos trazidos pelo antropocentrismo ainda predominam com bastante vigor, não houve uma extinção definitiva do modo de vida baseado na fé religiosa. Ao longo dos séculos, vemos vários estados cujas leis fundamentais, ainda hoje, estão baseadas na fé.

 Mesmo em um dos mais importantes celeiros do capitalismo e do moderno pensamento humanista como os Estados Unidos, podemos encontrar comunidades que praticam um estilo de vida baseado no teocentrismo, como no caso da região conhecida como Bible Belt (ou "cinturão bíblico" em inglês). Aliás, foi desta área, que pela primeira vez, surgiu, no final do século XIX a expressão “fundamentalismo”, hoje muito popular para definir os modernos terroristas religiosos.

O desenho abaixo é O Homem Vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci, do ano de 1490.
 
~Fláh


Renascimento

O que é o Renascimento:

Renascimento é a palavra que significa o ato de renascer e pode ser sinônimo de  reformulação.Renascimento ou renascença também é o nome dado ao movimento de reforma artística, literária e científica que teve origem no século XIV na Itália e se espalhou para o resto da Europa, estando em vigor até o século XVI.
De acordo com alguns autores, o Renascimento foi um movimento de ruptura, que surgiu em oposição à "escuridão cultural e intelectual" verificada na Idade Média. Enquanto alguns autores defendiam que o Renascimento foi um movimento de separação de muitas filosofias da época medieval, outros indicam que foi um movimento de continuidade e que por isso está inevitavelmente relacionado com a Idade Média.
Durante o Renascimento surgiu o humanismo, que substituiu o teocentrismo (uma das características da Idade Média) pelo antropocentrismo, que colocou o Homem no centro do universo.
O Renascimento abriu caminho para o desenvolvimento de vários estilos artísticos e correntes filosóficas. Alguns se desenvolveram em concordância com o Renascimento, enquanto outros se definiram pela distanciação. Este é o exemplo do Barroco, um estilo oposto ao Renascimento (valorizava a simplicidade), caracterizado pelo exagero de enfeites e grandiosidade.
                                                ~raz


Revolução Científica


    O que foi?

Costuma-se chamar de Revolução Científica o período, entre os anos de 1550 e 1700, aproximadamente, no qual mudanças históricas na forma de pensamento e de fé ocorreram na Europa. Pode-se dizer que ela teve início com Nicolau Copérnico (1473-1543), que propôs o modelo heliocêntrico, e terminou com Issac Newton (1642-1727), que formulou Leis universais da natureza e foi um dos fundadores do Cálculo.

Para termos uma idéia da transformação que se deu, perceba o seguinte: o pensamento no século XVI sobre a composição da matéria ainda se baseava na visão Aristotélica das quatro quantidades básicas: a Terra, o Fogo, a Água e o Ar. Entretanto, já os contemporâneos de Newton acreditavam que a matéria era formada de pequenas partículas (átomos ou corpúsculos), que a Terra se movia e também que o conhecimento deveria estar baseado na experiência individual, ou seja, em argumentos e evidências sensoriais. A Royal Society of London dizia “Nullius in Verba”, algo como “Não aceite nada baseado em palavras (ou na autoridade de alguém)”.

 
   Início:

É praticamente um senso comum que o acontecimento inicial da Revolução Científica foi a declaração de Copérnico de que a Terra se move e não está no centro do Universo. É claro que isso ia contra a tradição estabelecida nas Universidades e na Igreja. A partir dessa declaração de Copérnico se desenrolou uma série de novos acontecimentos necessários para dar suporte a essa nova visão e substituir as antigas crenças. Tycho Brahe (1546-1601) foi o responsável por novas observações astronômicas, que foram seguidas de mudanças teóricas na previsão das órbitas e dos movimentos dos planetas introduzidas por Johannes Kepler (1571-1630). Também surgiram novas propostas de teorias do movimento: Galileo Galilei (1564-1642), René Descartes (1596-1650), Christiaan Huygens (1629-1695) e Issac Newton (1642-1727).

 
    O Nome:

O termo “Revolução Científica” não era usado comumente até 1939 quando o historiador francês Alexande Koyré passou a utilizá-lo para designar o período. Apesar de muitas das pessoas que fizeram a revolução científica expressarem a sua intenção de trazer à tona uma mudança intelectual radical, eles não usavam um termo para se referirem ao que eles estava fazendo. Desde a antiguidade até o período que marcou o início da Revolução Científica, a palavra “revolução” invocava a idéia de um ciclo periódico. No sistema astronômico de Copérnico, por exemplo, os planetas executavam revoluções ao redor do Sol. A idéia de revolução como uma mudança radical e irreversível data do século XVIII de escritos do Iluminismo Francês.
                                                       
                               ~léo

Burguesia

No século XIII com o fim das Cruzadas ocorreu uma grande alteração no quadro econômico europeu que resultou na abertura do Mar Mediterrâneo e no chamado Renascimento Urbano e Comercial; todas estas mudanças ajudaram a colocar um ponto final no já decadente sistema Feudalista.
Com as Cruzadas surgiram as primeiras rotas comerciais formadas pelos antigos cavaleiros que, ao retornarem a Europa, iam saqueando as cidades orientais e vendendo as mercadorias adquiridas (jóias, tecidos, temperos, etc) pelo caminho. Durante esse período, estes mesmos mercadores, como forma de proteção, começam a construir cidades protegidas por muralhas, conhecidas como burgos. Os burgos abrigavam também os camponeses, que com a decadência do feudalismo e conseqüente perda de poder dos senhores feudais, deixam os feudos e buscam refúgio nestas fortalezas. Originalmente o termo burguês era usado para se referir a estas pessoas que residiam nos burgos, mas aos poucos, o termo passou a ser usado para designar toda um grupo que começava a se estabelecer como força econômica, a transformar os meios de produção e que se dedicava às atividades comerciais com o objetivo de lucro; prática que por muito tempo foi condenada pala Igreja Católica, a maior potência da época, e vista como desonesta pela maioria das culturas e civilizações do ponto de vista ético.
Nos séculos XVII e XVIII a burguesia teve grande importância no declínio do sistema absolutista apoiando diversas revoluções, que ficariam conhecidas como revoluções burguesas, como, por exemplo, a Revolução Inglesa e a Revolução Francesa, deixando assim, o caminho livre para a expansão do capitalismo e para a propagação da “filosofia burguesa”, da qual se originaram os conceitos de livre comércio, liberdade pessoal, direitos religiosos e civis.
Conforme o comércio e a economia se expandiam, crescia também o poder e o domínio desta classe, fato que foi consolidado com a Revolução Industrial no século XVIII; a partir deste ponto o capitalismo industrial se afirma como sistema econômico mundial e a divisão da sociedade entre burguesia e proletariado se torna ainda mais evidente.
Para os seguidores do marxismo, a evolução da sociedade nada mais é do que a eterna luta de classes alimentada por interesses opostos e irreconciliáveis. Durante toda a história da humanidade existiu e continuará existindo a classe dominante e a classe dominada; a burguesia apenas veio substituir uma classe decadente, a dos senhores feudais, assim como o capitalismo veio substituir um sistema também decadente e que já não mais conseguia suprir as necessidades produtivas de sua época, o feudalismo.




                                                                                                          ~giz


Humanismo

Humanismo é um termo relativo ao Renascimento, movimento surgido na Europa, mais precisamente na Itália, que colocava o homem como o centro de todas as coisas existentes no universo.

Nesse período, compreendido entre a transitoriedade da Baixa Idade Média e início da Moderna (séculos XIV a XVI), os avanços científicos começavam a tomar espaço no meio cultural.

A tecnologia começava a se aflorar nos campos da matemática, física, medicina. Nomes como Galileu, Paracelso, Gutenberg, dentre outros, começavam a se despontar, em razão das descobertas feitas por eles.

Galileu Galilei comprova a teoria heliocêntrica que dizia ser o Sol o centro do sistema planetário, defendida anteriormente por Nicolau Copérnico, além de ter construído um telescópio ainda melhor que os inventados anteriormente. Paracelso explora as drogas medicinais e seu uso, enquanto Gutenberg descobre um novo meio de reproduzir livros.

Além disso, a filosofia se desponta como uma atividade intelectual renovada no interesse pelos autores da Antiguidade clássica: Aristótoles, Virgílio, Cícero e Horácio. Por este resgate da Idade Média, este período também é chamado de Classicismo.

A burguesia e a nobreza, classes sociais que despontam no final da Idade Média, passam a dividir o poderio com a Igreja.

É neste contexto cultural que a visão antropocêntrica se instala e influencia todo campo cultural: literatura, música, escultura, artes plásticas.

Na Literatura, os autores italianos que maior influência exerceram foram: Dante Alighieri (Divina Comédia), Petrarca (Cancioneiro) e Bocaccio (Decameron). Os gêneros mais cultivados foram: o lírico, de temática amorosa ou bucólica, e o épico, seguindo os modelos consagrados por Homero (Ilíada e Odisséia) e Virgílio (Eneida).

Podemos denominar Humanismo como ideia surgida no Renascimento que coloca o homem como o centro de interesse e, portanto, em torno do qual tudo acontece.


                                                                 ~Brubs

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Idade Média - Idade das Trevas


A expressão Idade das Trevas para se referir à Idade Média foi muito utilizada no passado. Alguns historiadores usaram esta expressão, pois tinham como referências a cultura greco-romana e da época do Renascimento.
De acordo com estes historiadores, a Idade Média foi uma época com pouco desenvolvimento cultural, pois a cultura foi controlada pela Igreja Católica. Afirmavam também que praticamente não ocorreu desenvolvimento científico e técnico, pois a Igreja impedia estes avanços ao colocar a fé como único caminho a seguir.
Porém, a partir da segunda metade do século XX, com novos estudos históricos sobre a cultura e ciência da idade Média, houve uma nova visão sobre este período e o termo foi sendo abandonado. Alguns historiadores chegaram a conclusão que o desenvolvimento cultural e científico foi muito rico durante a época Medieval. Ocorreram avanços científicos e técnicos (exemplo da arquitetura). As Universidades Medievais foram ricos centros de produção de conhecimentos e debates. 
Atualmente, o uso do termo “Idade das Trevas” é considerado preconceituoso e também incorreto, pois desqualifica a cultura, a ciência e a arte da Idade Média.